O estado de Rondônia alcançou o 1º lugar no ranking nacional em número de potenciais doadores de órgãos, e o 2º lugar em número de doadores efetivos, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Os dados divulgados pela instituição, avaliaram o período de janeiro a março de 2024, e destacam as ações do governo do estado com a qualidade do serviço prestado, estrutura e capacitação de profissionais.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), o relatório indica uma taxa de 146,7 notificações de potenciais doadores, em número por milhão de população (pmp), que é um coeficiente entre o número absoluto de doações dividido pelo tamanho de habitantes. Enquanto que a taxa de efetivação dos doadores de Rondônia é de 40,5 pmp, ficando atrás apenas do estado do Paraná, com 41,5.
A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Edcléia Gonçalves ressalta ainda que, esses indicadores são uma forma de apresentação, para garantir equidade entre os estados que realizam o procedimento. “Esse número representa um importante trabalho das equipes do governo para construir um serviço com resultados eficazes, mantendo o foco em soluções com evidência científica. Essa ação nos permitiu mudar o cenário estadual onde antes não havia doadores de órgãos, e agora carregamos esse rico potencial”, evidenciou.
Segundo o governador Marcos Rocha, a conquista dos dois índices impulsiona as ações de saúde desenvolvidas pelo estado, em benefício da população. “Entendemos a importância do ato de doar órgãos para salvar a vida de muitas pessoas, por isso investimos em condições de trabalho que prestem um atendimento de qualidade ao público, o que nos permite ganhar essa notoriedade e ser referência para outros estados”, destaca.
A Central Estadual de Transplantes esclarece o conceito e a diferença entre os dois indicadores. Quando se trata de potenciais doadores, a avaliação refere-se a casos de suspeita de morte encefálica, que podem evoluir para a não confirmação do diagnóstico, ser contraindicação médica e recusa familiar. Doação efetiva e doador efetivo são casos de morte encefálica confirmada, e quando a família optou pela doação.
Todo o processo é considerado complexo, com diversas etapas interdependentes e diversos atores envolvidos: equipe de assistente dos hospitais; Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos; Central de Transplantes; exames laboratoriais e de imagem; e a família, considerando que a doação de órgãos exige a aceitação da família para a realização da atividade, o que é um fator determinante para o procedimento.
O titular da Sesau, Jefferson Rocha destacou que, o ranking é resultado do empenho dos profissionais em levar informação e oferecer o serviço com acolhimento. “Com médicos qualificados, a decisão do paciente e o esclarecimento das dúvidas dos familiares podem ser cruciais para o surgimento de opções de doação de órgãos, o que na essência ajuda a salvar vidas”.
De acordo com a Sesau, desde a criação do serviço de doação de órgãos no estado, em 2012, foram registrados mais de 240 doadores; em média cada doador salva cinco vidas. O transplante é essencial para salvar vidas, e só com a doação isso é possível. Para isso, o Governo de Rondônia fornece estrutura e logística, promove capacitação de equipes multidisciplinares e médicas, a exemplo de uma recente formação repassada para cerca de 20 médicos que atuam na área.
Via: Floresta Notícias