Durante a sessão ordinária desta terça-feira (29), o deputado Ismael Crispin (MDB) fez um alerta ao parlamento sobre a aprovação recorrente de subvenções para a Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD).
Ao apresentar seu parecer favorável pela Comissão de Finanças, pela legalidade e constitucionalidade do Projeto de Lei 642/2024, que autoriza um crédito adicional suplementar de R$ 4,5 milhões para a CAERD, Crispin ressaltou a urgência de discutir uma solução mais eficaz e duradoura para o financiamento da companhia, que depende regularmente de recursos públicos para manter suas operações.
“Aprovar essa subvenção é importante, e meu voto é favorável, porque sem a Caerd deixamos a população sem água. Contudo, toda vez que injetamos recursos na CAERD, estamos retirando verbas de áreas igualmente críticas, como saúde, educação e infraestrutura,” afirmou Crispin.
O parlamentar chamou atenção para os impactos que essa medida tem em outras necessidades do Estado, especialmente no período de chuvas, quando a infraestrutura sofre com estradas deterioradas e pontes comprometidas.
Ismael enfatizou que essa situação já se tornou recorrente no parlamento, com a CAERD necessitando de ajuda financeira diversas vezes. Segundo o deputado, essa prática gera um ciclo prejudicial, onde o orçamento do Estado acaba comprometido, dificultando investimentos em áreas essenciais para a população.
“Enquanto continuamos a aprovar subvenções para a CAERD, deixamos de construir uma ponte, de abrir novas UTIs e de investir em educação e infraestrutura,” pontuou.
ENFRENTAMENTO
O deputado fez um apelo para que o Governo e a CAERD se mobilizem para resolver a questão de maneira estrutural. Segundo Crispin, é essencial que os principais responsáveis pelo cenário atual – a CAERD e o Governo do Estado de Rondônia– sentem à mesa com o parlamento para traçar um plano de ação sustentável, que reduza a necessidade de subvenções e garanta que a companhia cumpra seu papel sem sobrecarregar outras áreas do orçamento.
“A situação chegou ao ponto em que não podemos mais ignorar. Precisamos agir com rigor e buscar um caminho para que a CAERD se torne autossustentável, ou encontraremos alternativas de gestão e operação que não prejudiquem as outras áreas prioritárias do estado,” concluiu Crispin.
Via: Floresta Notícias