A utilização de agrotóxicos contendo o ingrediente ativo ‘Tiametoxam’ passa a ser restrita em Rondônia.
O alerta é feito pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado (Idaron) em atenção a recente decisão do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que, após uma década de reavaliação, restringiu o uso do agrotóxico em decorrência da ameaça que representa a insetos polinizadores, como abelhas e borboletas.
O comunicado do Ibama sobre a restrição do Tiametoxam foi divulgado no último dia 22 de fevereiro e inclui a proibição do uso de aviões agrícolas e tratores para a aplicação do produto. A decisão proibe a pulverização terrestre não dirigida e a pulverização aérea, reforçando ainda restrições de uso em uma série de cultivos devido à falta de informações técnico-científicas que eliminem a hipótese de risco ambiental.
“Os produtos agrotóxicos contendo esse ingrediente, adquiridos até a data de publicação do comunicado do Ibama (22/02), poderão ser utilizados até o seu esgotamento, conforme as especificações e instruções presentes em rótulo e bula autorizados quando da aquisição, respeitando-se o estabelecido em receituário próprio, emitido por profissional legalmente habilitado, e o prazo de validade do produto”, destaca o gerente de vigilância e defesa sanitária vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira.
COMO FICA AGORA?
A partir de agora, produtos contendo Tiametoxam só podem ser utilizados em 25 cultivos diferentes, mas somente para aplicação direta no solo ou no tratamento de sementes.
“O uso de agrotóxicos com esse ingrediente ativo fica desautorizado em 10 culturas, entre elas: batata, berinjela, cebola e eucalipto, por exemplo.
Em outros 25 cultivos, como cevada, milho, soja e trigo, a substância continuará a ser permitida, mas com restrições”, acentua o coordenador do Programa de Agrotóxicos da Idaron, Sirley Ávila Queiroz.
Portanto, os produtos à base de Tiametoxam que forem comercializados após a publicação do comunicado do Ibama só poderão ser recomendados conforme as alterações já implementadas no sistema de fiscalização de agrotóxicos da Agência Idaron (SIAFRO).
Via: Floresta Notícias
