Atropelamento de Animais Silvestres na RO-479, Rolim de Moura, Região da Zona da Mata, Rondônia

Risco para Conservação da Biodiversidade e Perigo de Acidentes de Trânsito

Segundo estimativas do (CBEE – centro brasileiro de estudos em ecologia de estradas) apontam que cerca de 475 milhões de animais silvestres morrem devido consequências dos atropelamentos nas rodovias no Brasil a cada ano.

Jaguatirica ou Canguçu (Leopardus pardalis.), atropelado, Rondônia.
Macaco bugio-vermelho ou guariba (Alouatta sp.), atropelado na RO-479 em Rolim de Moura – RO.
Foto: L.C. Turci

Em Rondônia, são poucos os estudos que abordam essa temática. O primeiro estudo sobre atropelamento da fauna silvestre no estado de Rondônia foi desenvolvido pelo Professor da Universidade Federal de Rondônia (Luiz Carlos Turci) em um trecho de 110 km na RO-383, entre os municípios de Alta Floresta D’Oeste à Cacoal.

Neste estudo, foram registrados 259 animais atropelados, pertencentes a 34 espécies. Os anfíbios (sapos, rãs e pererecas) e as aves são os grupos mais impactados pelos atropelamentos.

Guaxinim ou Mão-pelada (Procyon cancrivorus) atropelado na RO-479, Rolim de Moura, RO. Foto: L.C.Turci

Um trabalho de levantamento sobre os animais da fauna silvestre que são acometidos por atropelamento está sendo desenvolvido pelo professor (L.C.Turci) juntamente com alunos da UNIR-Universidade Federal de Rondônia. Pretende-se apresentar quais são as espécies mais impactadas pelo atropelamento na RO-479 e propor medidas de mitigação e meios de controle para reduzir os atropelamentos sobre os animais silvestres neste trecho.

Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) atropelado na RO-479, Rolim de Moura, RO.
Foto: L.C.Turci

De acordo com o professor L.C.Turci, os atropelamentos de animais silvestres são uma ameaça a conservação da biodiversidade e veem crescendo no Brasil a cada ano. São vistos como uma importante causa de declínio populacional para algumas espécies, em especial as de menor densidade, por exemplo os mamíferos de grande porte (antas, onças, lobo-guará, entre outros).

Capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) atropelado na RO-479, Rolim de Moura, RO. Foto: L.C.Turci

Também é importante ressaltar quanto a gravidade da colisão do veículo com o animal silvestre, colocam em risco a vida dos condutores e passageiros. O desenvolvimento de estudos com essa temática são cruciais no Estado de Rondônia, para entender quais são as espécies mais vulneráveis aos atropelamentos e quais as medidas mitigatórias devem ser tomadas para reduzir esse tipo de impacto sobre a fauna silvestre.

Algumas medidas podem ajudar reduzir os atropelamentos à fauna silvestre:  Redução da velocidade pelos condutores, Placas de aviso, Cercas de Proteção, Redutores de Velocidade, Conscientização dos Motoristas (Programas de Educação no Trânsito; Programas de Educação Ambiental).

Fonte:

Prof. Dr. Luiz Carlos Turci

[email protected]

UNIR-Universidade Federal do Rondônia.

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